Você conhece o termo “quiet quitting”? Ele viralizou no TikTok e gerou fortes discussões no mundo empresarial.
Trata-se de temas como produtividade e liderança, alguns dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma empresa.
O encontro de um equilíbrio adequado entre essas características é ideal para o crescimento de negócios modernos.
Continue a leitura do artigo e saiba mais sobre o quiet quitting, quais os seus impactos e como contornar a situação na sua empresa.
O que é quiet quitting?
O termo se relaciona a uma demissão silenciosa onde o empregado não recorre aos meios legais para a rescisão do seu contrato trabalhista, mas passa a entregar apenas o necessário para a manutenção do emprego.
Esse conceito pode, por muitas vezes, gerar problemas ao empregador, que passa a lidar, em certos momentos, com empregados pouco comprometidos com os resultados da organização.
A alta produtividade, nesse ponto de vista, pode se tornar algo raro, visto que muitas vezes o empregado só desempenha o mínimo exigido e não sofre as consequências dos prejuízos que isso pode gerar a sua empresa.
Esse tipo de pensamento recebeu grande apoio da chamada “Geração Z”, que pertence a pessoas mais novas que tendem a tratar o conforto como uma prioridade maior do que o sucesso profissional individual e de sua equipe.
Nesse contexto, diversas discussões são iniciadas entre empregadores, que não entendem se o “Quiet quitting” deve ser tratado como uma espécie de falta de vontade por parte do empregado, ou como um motivo para demissão por justa causa.
Apontando a evolução desse fenômeno, aproximadamente 600 mil pessoas pediram demissão no ano de 2022, gerando necessárias contratações e investimentos de tempo e treinamento ao novos contratados.
Além de consequências facilmente observadas, o “quiet quitting” pode gerar diversos impactos para o empregador que espera o cumprimento do contrato de trabalho, com o desempenho aguardado de seus empregados.
Quais os impactos do quiet quitting?
O “quiet quitting” carrega diversas consequências consigo – pois além de fazer parte do pensamento de muitas pessoas mais jovens, é um comportamento invocado para empregados que cultuam a ideia de não se entregar totalmente pela empresa que trabalha.
Sabendo disso, é importante conhecer exatamente como esse tipo de pensamento impacta o seu negócio para poder lidar com ele de maneira mais eficiente.
Veja a seguir como esse comportamento pode atingir a sua empresa:
Queda de produtividade
Quando o empregado conclui equivocadamente que o sucesso da empresa não impacta diretamente a sua vida, ele passa a entregar menos do que poderia, prejudicando o potencial de crescimento da sua empresa.
Esse tipo de pensamento pode se alastrar no seu segmento, já que o comportamento de um indivíduo influencia seus colegas de profissão, fazendo com que todos os empregados assumam essa linha de raciocínio que envolve o esforço mínimo, violando o contrato de trabalho entre as partes.
Possíveis demissões
A partir da queda da produtividade, o negócio poderá ser impactado e até ser menos rentável, pois gera menos lucro para o negócio. Isso acaba causando um desconforto entre a equipe devido às demissões que podem ocorrer, como única alternativa ao empregador.
Como observado, esse comportamento pode impactar seu negócio de diversas maneiras, pois o desenvolvimento da empresa depende também da produção de seus empregados.
É crucial destacar que, contanto que haja o cumprimento das obrigações contratuais – ainda que a performance seja mínima – este comportamento deliberado do empregado não configura, teoricamente, uma dispensa por justa causa, em um primeiro momento. Neste caso, você, como empregador, terá que analisar cada situação existente em sua empresa, para a tomada acertada da decisão de dispensa por justa causa.
Sendo assim, nos próximos parágrafos traremos algumas sugestões de como contornar essa situação comum no mundo empresarial moderno.
Como contornar a situação na sua empresa
O ponto mais importante a ser observado é se o gestor responsável, pela administração da equipe, sabe lidar com pensamentos contraditórios e empregados desinteressados.
Todos os participantes do negócio devem estar dispostos a entregar o melhor para a empresa, pois a gestão deve entender o local de trabalho como um espaço de evolução.
Caso isso não aconteça, os responsáveis devem tomar atitudes para que os empregados passem a entender os gestores como líderes firmes e responsáveis.
Quando o entendimento acerca dos superiores é adequado, o ambiente de trabalho se torna um espaço mais produtivo, onde cada empregado busca entregar o melhor de si em cada hora de serviço, em cumprimento ao contrato de trabalho.
Empresas que observam o comportamento de seus participantes tendem a sofrer menos com o quiet quitting, uma vez que seus empregados respeitam os gestores e buscam mostrar que merecem o cargo ou função que ocupam na empresa.
Continue a leitura e veja algumas dicas de como contornar o quiet quitting em sua empresa:
Seja transparente
Sempre se certifique de que todos os membros da sua equipe estão com expectativas realistas com relação ao seu futuro na empresa.
A comunicação é essencial para que o ambiente de trabalho seja leve e motivador, visto que muitas vezes podem ser criadas expectativas irreais que tornam o espaço desinteressante para o convívio.
Tenha conversas francas no período de contratação para que o recém-chegado saiba qual é a sua função e o seu potencial de crescimento na empresa.
Tratar de assuntos difíceis também faz parte das estratégias de como contornar o quiet quitting em seu negócio.
Equilíbrio
A ideia de produtividade deve estar sempre alinhada à saúde mental do contratado, e é fundamental haver equilíbrio entre esses dois fatores para que tanto a empresa quanto o empregado sejam recompensados na relação existente entre as partes.
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