O ano de 2016 foi marcado por muitas mudanças políticas em nosso país que influenciaram todos os setores da economia, entre eles o de gestão de propriedades. No mercado imobiliário, diversas construtoras adiaram seus lançamentos, o motivo? O consumidor estava muito inseguro para comprar um imóvel diante da crise financeira do país.
Em uma das principais capitais, a situação observada só reforçou essa constatação. Uma pesquisa realizada pelo Secovi-SP, apontou uma queda no índice de vendas de imóveis residenciais no 1° semestre de 2016. Segundo os dados, em maio deste ano foram comercializadas 1.059 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. Esse número é 50,7% inferior ao total vendido em maio do ano passado.
O desemprego foi outro fator que afetou os índices do mercado imobiliário. De acordo com as informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), o número de desempregados no Brasil subiu para 11,3% no trimestre encerrado em junho de 2016.
Mais flexibilidade
Com a baixa procura, as imobiliárias e construtoras se mostraram mais abertas às negociações. Esse cenário foi positivo para os consumidores que já possuíam a reserva de dinheiro para a compra do imóvel. Eles tiveram a oportunidade de estabelecer valores e condições mais favoráveis.
Com os alugueis a situação não foi diferente, o mercado também se retraiu e os valores reduziram, poucas capitais apresentaram aumento. O momento ainda foi favorável para o consumidor que, além de pagar um valor baixo, teve em suas mãos o poder da negociação.
“O mercado imobiliário sofreu as consequências dos desajustes políticos e econômicos do nosso país. Foi um ano difícil que se encerra com boas perspectivas. Já estamos percebendo que o “medo” deixa as mesas de negociação dando lugar à “confiança”, declara Cássia Ximenes, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG).
Mercado imobiliário: o que esperar para 2017?
Existem muitas perspectivas de melhora para o mercado imobiliário em 2017. Especialistas apostam em uma desaceleração da inflação. Dados divulgados pelo Banco Central no Relatório de Inflação do terceiro trimestre, preveem que esse índice fique mais próximo da meta central para o ano, que é de 4.5%.
O crescimento do PIB também representa um fator que contribui para a recuperação do mercado imobiliário. A perspectiva é favorável, pois o Banco Central enxerga um cenário mais satisfatório do que o vivido pelos brasileiros em 2016. A instituição anunciou que o PIB deve ter alta de 1,3% em 2017.
A presidente da CMI/SECOVI-MG afirma que além de todos esses aspectos as empresas do mercado imobiliário precisarão repensar sua forma de atendimento ao cliente.
Para Ximenes é muito importante qualificar os profissionais, rever conceitos de rotinas e processos internos para se tornarem mais ágeis e competitivas.
“A tecnologia também pode contribuir para a retomada dos negócios em sua empresa. É preciso estar munido de ferramentas que possibilitem a boa gestão do negócio. Os softwares são aliados que devem ser explorados para aprimorar o bom atendimento ao cliente”, afirma Ximenes.
Planos para 2017
A Group Software acaba de lançar a solução Imobiliária21 Vendas. Um sistema que permite a automação dos diversos processos da captação, divulgação e transações de compra e venda de imóveis, com uma interface intuitiva.
Os primeiros clientes já começaram a usar o software. Com essa aceitação, a empresa prepara para 2017 o lançamento do aplicativo integrado ao sistema, facilitando a comunicação entre corretores e imobiliárias.
Fonte: EXAME